Referências Científicas

 

Esses processos de fotossensibilização e fotorresposta celular, podem manifestar-se clinicamente de três modos. Primeiramente irão agir diretamente na célula, produzindo um efeito primário ou imediato, aumentando o metabolismo celular (Karu et al., 1989; Rochkind, et al., 1989; Bolton et al. 1995) ou, por exemplo, aumentando a síntese de endorfinas e diminuindo a liberação de transmissores nosciceptivos, como a bradicinina e a serotonina (Ataka, et al., 1989). Também terão ação na estabilização da membrana celular (Palmgren, 1992; Lijima, et al., 1991). Clinicamente, observaremos a ação estimulativa e analgésica dessa terapia. Haverá, além disso, um efeito secundário ou indi-reto, aumentando o fluxo sanguíneo (Kubota e Ohshiro, 1989; Maegawa, et al., 2000) e a drenagem linfática (Lievens, 1986; 1988; 1990; 1991; Almeida-Lopes, et al., 2002b). Dessa forma, clinicamente observaremos uma ação mediadora do laser na inflamação. Por fim, haverá a instauração de efeitos terapêuticos gerais ou efeitos tardios, sendo que, clinicamente observaremos, por exemplo, a ativação do sistema imunológico (Trelles, 1986; Skobelkin et al., 1991; Vélez-González, et al., 1994; Tunér e Hode, 2002). Por essas razões, o laser é usado atualmente também na ativação da drenagem linfática (Almeida-Lopes, 2002b). Os efeitos terapêuticos dos laseres sobre os diferentes tecidos biológicos são muito amplos induzindo efeitos trófico-regenerativos, antiinflamatórios e analgésicos, os quais têm sido demonstrados tanto em estudos “in vitro” como “in vivo”, destacando-se os trabalhos que comprovam um aumento na microcirculação local (Maier, et al., 1990; Maegawa, et al., 2000), ativação do sistema linfático (Lievens, 1986, 1988, 1990, 1991), proliferação de células epiteliais (Steinlechner e Dyson, 1993) e fibroblastos (Webb, et al., 1998; Almeida-Lopes, et ai., 1998b) assim como aumento da síntese de colágeno por parte dos fibroblastos (Enwemeka, et al., 1990; Skinner, et al, 1996). Por razões didáticas, classificamos os efeitos do laser em três tipos: efeitos primários, efeitos secundários e efeitos terapêuticos amplos ou sistémicos, entretanto, é importante ressaltar que os mesmos ocorrem simultaneamente.

Estudos “in vitro” sobre fibroblastos, descrevem um efeito proliferativo ou ativador da síntese proteica, dependendo das características e parâmetros do laser utilizado, tais como: comprimento de onda, forma de emissão, densidade de potência e densidade de energia utilizada, número e frequência de sessões de aplicação do laser. Vários autores trabalharam “in vitro” com fibroblastos, principal célula responsável pela reparação tecidual (Halevy, et ai., 1997; Al-Watban e Andrés, 2001; Almeida-Lopes, et ai., 2001, 2003), sendo que estes estudos se correlacionam com outros “in vivo”, e mostraram efeitos tal como a redução do tempo de cicatrização de feridas dentro do extrato cutâneo e de mucosas (Rochkind, et al., 1989; Al-Watban, Zhang, 1994; Lowe, et al., 1998).

Também no que se refere à reparação óssea, o laser mostra-se efetivo, seja em trabalhos “in vitro”, nos quais se observa aumento da atividade osteoblástica (Freitas, et al., 2000; Yamamoto, et al., 2001; Guzzardella, et al., 2002), seja em trabalhos “in vivo”, nos quais se observa ganho ósseo em trabalhos com animais (Luger ,et al., 1998; Oliveira, 1999; Kawasaky,et al., 2000; Silva Júnior, 2000; Limeira Júnior, 2001) e em humanos (Hernandez, et al., 1997).

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